sexta-feira, 15 de março de 2013

Primórdios do Cinema: Como tudo começou


L'Arroseur Arrosé (França/1895) - Dirigido por Louis Lumière




La Sortie des usines (França/1895) - Dirigido por Louis Lumière





L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat (França/1895) Dirigido por Louis Lumière





Le voyage dans la lune (França/1902) - Dirigido por Georges Méliès 




La Fée aux Choux (França/1896) - Dirigido por Alice Guy Blanche





The Adventures of Kathlyn (EUA/1913) - Dirigido por  Francis J. Grandon (seriado)








Observatório: Divulgação e Marketing de Filmes


Campanha: #vemseanpenn

O que para alguns parece ser apenas uma campanha comovente, que pretende realizar o sonho de Ariel, ator com síndrome de down e, fã de Sean Penn, é na verdade uma bela estratégia de marketing para a divulgação de “Colegas, O Filme”. A produtora do vídeo de lançamento do longa, usou o sonho de Ariel para ajudá-lo e, também, para divulgar o filme, que foi lançado no dia 03 de março de 2013. 

O vídeo já teve quase 1 milhão e meio de visualizações:

As produções de Hollywood utilizam de 30% a 50% de seu orçamento para a divulgação e marketing dos filmes.  A partir desse dado, tem-se a noção da importância do marketing para o produto do cinema.

No marketing para cinema, 4 itens são fundamentais:

1- Como aplicar determinado produto a um público-alvo
2- Qual o preço justo a ser aplicado
3- Que tipo de promoção será aplicada ao produto
4- Onde o mesmo será distribuído

O produtor espera o lucro e, o cliente, a plena satisfação do produto.

Alguns meios que podem ser usados para se divulgar um filme: Trailer, Cartaz, Junket Press, (evento que reúne a imprensa para a divulgação de filmes de Hollywood), Entrevistas em programas de TV, Pré-estreias, Ações na internet, Outdoors, Promoção na mídia, Redes sociais, Divulgação de fotos das gravações, elenco, etc.

Algumas campanhas dão sucesso e visibilidade ao filme, mas depois do “boom”, são bastante contestáveis:

“Bruxa de Blair” e “Atividade Paranormal” se diziam histórias reais, o que não era verdade. Entretanto, a jogada fez os filmes (que eram de baixo orçamento)  ganharam muito dinheiro.
A Vila, fez seu marketing baseado na frase “Não conte o final a ninguém”, o que gerou revolta em muitas pessoas que acharam o final e a ideia totalmente sem graça.





Para se destacar seu filme, produtores utilizam ou contratam pessoas para se utilizarem de criatividade na hora da divulgação

Criação da JWT Brasil para divulgar “Superman: O retorno” 



Divulgação semelhante de “Kill Bill” 



Divulgação de “A Era do Gelo 4” no Rio de Janeiro 


Divulgação de “O Dia Depois de Amanhã” na Índia 



Para a divulgação de “Serpentes a Bordo” (2006), um site organizou uma promoção no qual pessoas preenchiam informações para enviar aos amigos. Com isso, o ator Samuel L. Jackson dava telefonemas para essas pessoas, chamando-os para assistir o filme. Mais de 10 mil mensagens foram enviadas nas primeiras 24 horas. 



Para a divulgação de “À Beira do Abismo” (1956) a Warner Bros veiculou uma publicidade nos jornais que desafiava o público a dormir durante o longa. Quem conseguisse, ganharia 100 dólares. Mas isso seria impossível, devido a emoção implacável do filme. 



A Warner Bros. do Canadá criou uma instalação para divulgar o filme “Contágio”(2011). Para isso, contaram com a ajuda de microbiologistas e imunologistas de todo o mundo. Eles criaram uma mensagem escrita com microrganismos que foi exibida na vitrine de uma loja abandonada, numa noite.
Com duas “placas de Petri” gigantes, o pessoal inoculou fungos e bactérias pigmentadas formando desenhos das letras do nome do filme e do símbolo de risco biológico.


Cartazes

Alguns cartazes são tão bem feitos e aceitos pelo público, que viram praticamente obras de arte.  Você já viu vários deles sendo vendidos em lojas, para serem utilizados como quadros. 





“Hoje, os estúdios precisam menos da imprensa”

A palavra "junket" não tem tradução. Mas tem um significado específico: é um evento que reúne a imprensa mundial para a divulgação de um filme. Na época de lançamento de "E o Vento Levou" (1939), o estúdio MGM convidou jornalistas para uma viagem a Atlanta. Houve champanhe, hotel cinco estrelas, entrevistas com as estrelas e um brinde: uma máquina de escrever com as iniciais GWW ("Gone with the Wind").  Em "Pearl Harbor" (2001), jornalistas foram levados ao Havaí e fizeram suas entrevistas em um transatlântico.

Mas segundo a matéria do jornal Folha de São Paulo, as Junkets não são mais as mesmas

"Antes, tinha todo um glamour. Agora é uma relação mais comercial. É tudo na ponta do lápis", diz Márcio Fraccaroli, da distribuidora Paris Filmes.
A Paris convidou a Folha para participar do evento de "Lua Nova", em Los Angeles. O convite incluía uma taxa de participação, em dólares: US$ 1.250 para entrevistas em grupo e US$ 1.750 para individuais. "Não sou eu que cobro, é o produtor", diz Fraccaroli. Quando não racha a conta, a empresa gasta cerca de US$ 6 mil por jornalista.”
"Isso é publicidade gratuita. Mas, hoje, os estúdios precisam menos da imprensa. Há comerciais na TV e internet", diz Edward Jay Epstein, Ph.D. em ciência política em Harvard e autor do livro "O Grande Filme - O Dinheiro e Poder em Hollywood ", sobre os bastidores da indústria. Mas esses eventos são, ainda assim, um bom negócio. Enquanto uma campanha que inclua TV sai por cerca de US$ 20 milhões, a publicidade gratuita sai, no máximo, por US$ 2 milhões."

Pesquisas

Sites:


Artigo:

Processos e produtos midiáticos trailer: o passaporte da publicidade para o cinema

Livro:

Como ver um filme – Ana Maria Bahiana

          Crédito Imagens: Google