Campanha: #vemseanpenn
O que para alguns parece ser
apenas uma campanha comovente, que pretende realizar o sonho de Ariel, ator com
síndrome de down e, fã de Sean Penn, é na verdade uma bela estratégia de
marketing para a divulgação de “Colegas, O Filme”. A produtora do vídeo de
lançamento do longa, usou o sonho de Ariel para ajudá-lo e, também, para
divulgar o filme, que foi lançado no dia 03 de março de 2013.
O vídeo já teve
quase 1 milhão e meio de visualizações:
As produções de Hollywood
utilizam de 30% a 50% de seu orçamento para a divulgação e marketing dos
filmes. A partir desse dado, tem-se a
noção da importância do marketing para o produto do cinema.
No marketing para cinema, 4 itens
são fundamentais:
1- Como aplicar
determinado produto a um público-alvo
2- Qual o preço justo a ser
aplicado
3- Que tipo de promoção será
aplicada ao produto
4- Onde o mesmo será
distribuído
O produtor espera o lucro e, o
cliente, a plena satisfação do produto.
Alguns meios que podem ser
usados para se divulgar um filme: Trailer, Cartaz, Junket Press, (evento
que reúne a imprensa para a divulgação de filmes de Hollywood), Entrevistas em
programas de TV, Pré-estreias, Ações na internet, Outdoors, Promoção na mídia, Redes
sociais, Divulgação de fotos das gravações, elenco, etc.
Algumas campanhas dão sucesso e
visibilidade ao filme, mas depois do “boom”, são bastante contestáveis:
“Bruxa de Blair” e “Atividade
Paranormal” se diziam histórias reais, o que não era verdade. Entretanto, a
jogada fez os filmes (que eram de baixo orçamento) ganharam muito dinheiro.
A Vila, fez seu marketing baseado
na frase “Não conte o final a ninguém”, o que gerou revolta em muitas pessoas
que acharam o final e a ideia totalmente sem graça.
Para se destacar seu filme,
produtores utilizam ou contratam pessoas para se utilizarem de criatividade na
hora da divulgação
Criação da JWT Brasil para
divulgar “Superman: O retorno”
Divulgação semelhante de “Kill
Bill”
Divulgação de “A Era do Gelo 4”
no Rio de Janeiro
Divulgação de “O Dia Depois de
Amanhã” na Índia
Para a divulgação de “Serpentes a
Bordo” (2006), um site organizou uma promoção no qual pessoas preenchiam
informações para enviar aos amigos. Com isso, o ator Samuel L. Jackson dava telefonemas
para essas pessoas, chamando-os para assistir o filme. Mais de 10 mil mensagens
foram enviadas nas primeiras 24 horas.
Para a divulgação de “À Beira do
Abismo” (1956) a Warner Bros veiculou uma publicidade nos jornais que desafiava
o público a dormir durante o longa. Quem conseguisse, ganharia 100 dólares. Mas
isso seria impossível, devido a emoção implacável do filme.
A Warner Bros. do Canadá criou
uma instalação para divulgar o filme “Contágio”(2011). Para isso, contaram com
a ajuda de microbiologistas e imunologistas de todo o mundo. Eles criaram uma
mensagem escrita com microrganismos que foi exibida na vitrine de uma loja
abandonada, numa noite.
Com duas “placas de Petri”
gigantes, o pessoal inoculou fungos e bactérias pigmentadas formando desenhos
das letras do nome do filme e do símbolo de risco biológico.
Cartazes
Alguns cartazes são tão bem
feitos e aceitos pelo público, que viram praticamente obras de arte. Você já viu vários deles sendo vendidos em
lojas, para serem utilizados como quadros.
“Hoje, os estúdios precisam
menos da imprensa”
A palavra "junket" não
tem tradução. Mas tem um significado específico: é um evento que reúne a imprensa
mundial para a divulgação de um filme. Na época de lançamento de "E o
Vento Levou" (1939), o estúdio MGM convidou jornalistas para uma viagem a
Atlanta. Houve champanhe, hotel cinco estrelas, entrevistas com as estrelas e
um brinde: uma máquina de escrever com as iniciais GWW ("Gone with the
Wind"). Em "Pearl Harbor"
(2001), jornalistas foram levados ao Havaí e fizeram suas entrevistas em um
transatlântico.
Mas segundo a matéria do
jornal Folha de São Paulo, as Junkets não são mais as mesmas
"Antes, tinha todo um
glamour. Agora é uma relação mais comercial. É tudo na ponta do lápis",
diz Márcio Fraccaroli, da distribuidora Paris Filmes.
A Paris convidou a Folha para
participar do evento de "Lua Nova", em Los Angeles. O convite incluía
uma taxa de participação, em dólares: US$ 1.250 para entrevistas em grupo e US$
1.750 para individuais. "Não sou eu que cobro, é o produtor", diz
Fraccaroli. Quando não racha a conta, a empresa gasta cerca de US$ 6 mil por
jornalista.”
"Isso é publicidade
gratuita. Mas, hoje, os estúdios precisam menos da imprensa. Há comerciais na
TV e internet", diz Edward Jay Epstein, Ph.D. em ciência política em
Harvard e autor do livro "O Grande Filme - O Dinheiro e Poder em Hollywood
", sobre os bastidores da indústria. Mas esses eventos são, ainda assim,
um bom negócio. Enquanto uma campanha que inclua TV sai por cerca de US$ 20
milhões, a publicidade gratuita sai, no máximo, por US$ 2 milhões."
Pesquisas
Sites:
Artigo:
Processos e produtos midiáticos
trailer: o passaporte da publicidade para o cinema
Livro:
Como ver um filme – Ana Maria
Bahiana
Crédito Imagens: Google